ALENTEJO AUTÊNTICO - Portugal
Mais que um território.
O Alentejo em estado de poesia
“As planícies a perder de vista começam a desenrolar-se junto ao Tejo.
Se ao norte o ritmo é marcado pelo verde da campina, mais para sul a paisagem combina com sol, calor e um ritmo compassado. É o Alentejo.
Ao norte pastam cavalos na lezíria, no vasto interior, a planura imensa, searas louras ondulando ao vento, uma beleza agreste e inexplorada.
A amplitude da paisagem é entrecortada por sobreiros ou oliveiras que resistem ao tempo. Aqui e ali ergue-se um recinto muralhado, como Marvão ou Monsaraz, ou a antiguidade duma anta* a lembrar a magia do lugar.
Nos montes, casas térreas e brancas coroam pequenas elevações, os castelos evocam lutas e conquistas, e os pátios e jardins atestam influências árabes, que moldaram povo e natureza.
Talvez por isso a cultura e a espiritualidade ganhem aqui um carácter particular.
A catedral que marca a memória e identidade como todas as outras do Alentejo, em Portalegre.
Memórias do passado são também o que perdura nas antigas judiarias*, especialmente em Castelo de Vide.
E também aqui há aromas de campo, as ervas de cheiro temperam peixes, mariscos e outros pratos regionais, que se acompanham com excelentes vinhos da região.
Porque todo o Alentejo vive ao ritmo da terra.
Aliás, o tempo é um patrimônio do Alentejo”.
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* Anta: é um monumento megalítico, dos povos antigos da Península Ibérica. Geralmente, túmulos.
* Judiarias: ou bairro judeu era a parte de uma cidade em que eram obrigados, por lei, a residir os judeus. Por extensão, o termo aplica-se a qualquer parte de um aglomerado populacional habitado maioritária ou exclusivamente por pessoas de cultura judaica.